quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Vida de solteiro (a), mas casado (a).

Ele sempre diz que ninguém tem nada a ver com sua vida... (Quando não há prestação de contas.)
“É por isso que o homem deixa o seu pai e a mãe para se unir com sua mulher, e os dois se tornam uma só pessoa.” (Gn.2:24)

Disse Walter J. Chantry: “ O compromisso de tomar uma mulher como esposa leva o homem a compartilhar toda a sua vida com ela”. Você concorda que casamento é uma sociedade, onde os dois administram um empreendimento? Tenho certeza de que sua resposta foi sim. Partindo deste princípio, nenhum dos dois é livre para fazer o que quer sem prestar contas. O casamento, por definição, não é uma união livre, é um compromisso. Para que uma sociedade seja bem sucedida, há um fator dominante, decisivo: o trabalho em equipe. Ambos os sócios fazem o melhor possível, não para atingir vitória individual, mas para conquistar vitória conjunta. Quando duas pessoas decidem viver juntas, cada qual deve se modificar internamente e se reorganizar. Esta é a condição para poderem orientar suas forças de modo a alcançar da melhor forma e o mais economicamente possível seus objetivos. Uma das virtudes do amor é estar comprometido com a pessoa amada. Onde há comprometimento há prestação de contas sem imposição mas por amor e respeito ao “sócio da vida”.
O casamento muda muita coisa. Os parceiros se comprometem numa história comum, em que um é realmente afetado pelo comportamento do outro. O comportamento e bem estar de A não pode mais se desenvolver independentemente de B. as decisões importantes que irão determinar o futuro devem ser tomadas pelos dois:
• A escolha do local onde vão morar, o número de filhos;
• O modo de viver (por exemplo, em que medida o dinheiro, a carreira, a busca de prestígio são coisas importantes? Ou é preferível uma vida modesta, serena e sossegada? É melhor morar na cidade ou no campo?);
• A educação dos filhos (devem ser encorajados e levados a estudar, ou é melhor que se arranjem por conta própria?).
• Há também decisões a serem tomadas sobre o circulo de amizade a freqüentar, sobre a vida social, sobre relacionamentos com as famílias de origem. O casamento, então, não diz respeito apenas aos vínculos interpessoais entre duas pessoas, mas também a todo ecossistema com o qual essas pessoas estarão interagindo daí em diante.
À luz destas verdades, questões como liberdade, opções individuais e independência, ficam reduzidas no relacionamento conjugal. Desse momento em diante os parceiros terão de tomar muitas decisões juntos. Talvez esta seja uma das razões para que conflitos e críticas aconteçam com maior intensidade entre os dois.
Quando o casal convive com esta consciência, o que se tem é uma relação harmoniosa. Quem não se sente maduro para “perder a liberdade” a fim de ganhá-la juntamente com o outro, não deve assumir o casamento. Você, como marido, compartilha tudo o que faz com a esposa? Pede sugestão a ela? Procura ouvi-la? Você presta contas a ela e aos filhos? Que nota ela e os filhos dariam a você como “sócio”?

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